Vivemos os chamados "últimos dias", presenciando os acontecimentos previstos no livro de Apocalipse da Bíblia e a pergunta que fica é: o que devemos fazer? Tenho percebido muitas pessoas correndo desesperadas para as Igrejas e estas, cada vez mais apelativas nas suas estratégias para atrair novos fiéis. Mas, parece que mesmo assim, ainda permanece um vazio na humanidade no que concerne a paz tão almejada por todos. A verdade é: O Cristianismo (Independente da religião ou denominação) é uma Instituição falida! Claro que não me refiro ao lado financeiro, porque esse "vai muito bem, obrigado". Refiro-me à falência espiritual, falência dos seus métodos conduzidos por sacerdotes que esqueceram ou simplesmente ignoraram a verdadeira mensagem deixada pelo Mestre Jesus, para disputarem seus egos "sob as luzes da ribalta" como verdadeiras vedetes...
Jesus, em sua passagem, deixou inúmeros ensinamentos, porém, Ele os resumiu em dois, a saber: Amar a Deus e amar ao próximo como a si mesmo (Lc 10.25-28). Notem que Jesus jamais instituiu qualquer religião, seita, ou algo que o valha. Ele próprio, sendo de família judaica e, portanto, judeu, não seguia o judaísmo, mas sim, seguia a vontade do Pai (Jo 5.30).
Jesus também não amou somente aos seus, muito pelo contrário, amou a todos e recomendou que fizéssemos o mesmo, amando, inclusive, aos nossos inimigos pagando-lhes o mal praticado por eles com o bem praticado por nós (Lc 6.31-35).
Mas, o que fazem muitos de nossos cristãos? Ao invés de unirem os homens, separam-nos em guerras santas na pretensa intenção de demonstrar a verdade absoluta, quando na realidade, a verdade absoluta está "nas mãos" de Deus e não nas nossas.
Amados, o homem não se salvará pela religião, mas pela sua capacidade de amar a Deus e ao próximo, independente da crença que professe. O próprio Jesus deixou claro isso na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37), quando deixa claro que o exemplo a ser seguido é o do Samaritano (os samaritanos eram considerados hereges pelos judeus). Aqueles que tomaram pra si a missão de divulgar os ensinamentos de Jesus, estão distorcendo a mensagem por conta de interesses políticos e financeiros. É óbvio que ainda contamos com líderes religiosos que reconhecem o equívoco, e são esses que devem lutar para mudar todo esse quadro.
Ser cristão se transformou num sinônimo de ser partidário, sectário. Devemos, pois, buscar o ensinamento Crístico, onde a verdade passa por todas as interpretações do Ser Divino e por todas as formas de manifestar a fé em Deus e o amor universal, sem barreiras e preconceitos com o que quer que seja.
Essa é a diferença entre ser Cristão e ser Crístico.
Ser Cristão é se perder num emaranhado de rituais e obrigações institucionais e aceitar sem questionamentos uma infinidades de dogmas que são verdadeiros labirintos, de onde muitos de seus próprios líderes não sabem como sair.
Ser Crístico é buscar na simplicidade do bom coração e da boa ação, o amor e a paz que tanto desejamos...
Ser Crístico é ser verdadeiramente fraterno, não enxergando diferenças e amando a todas as expressões e formas de vida existentes no Universo, pois foi isso que os maiores homens que já passaram pela Terra ensinaram e encontraremos isso na essência de todas as filosofias do mundo.
E então, o que você escolhe ser? Cristão ou Crístico?